Com Raquel, Estado desaba no ranking nacional de competitividade
O Espírito Santo, governado por Renato Casagrande (PSB), subiu 4 posições na edição de 2024 do ranking de competitividade elaborado pelo CLP (Centro de Liderança Pública). Agora, o Estado é o 6º mais competitivo do país. O principal quesito que levou o Estado à melhora foi o pilar solidez fiscal. O Estado registrou, em 2023, seu menor endividamento líquido da história.
A relação entre as receitas e os gastos com a dívida estão em -6,64%. O limite legal é de até 200%. O estoque da dívida do Estado é a 3ª menor do país, atrás de Mato Grosso e Pará.
No outro extremo, Pernambuco, governado por Raquel Lyra (PSDB), despencou 3 posições. Passou da 16ª para a 19ª posição. Os principais motivos foram uma piora na situação de capital humano (25º), potencial de mercado (25º) e segurança pública (24º). Houve melhoras nos quesitos educação (13º) e eficiência da máquina pública (14º).
“O ranking deste ano mostrou uma melhora nos pilares educação e sustentabilidade ambiental, uma ótima notícia, pois são áreas que o Brasil precisa melhorar. Mostra uma maior autonomia e eficiência dos Estados em lidar com esses desafios“, disse o diretor-presidente do CLP, Tadeu Barros.
Segundo ele, houve uma melhora generalizada também no pilar de potencial de mercado, devido ao fim da pandemia e à melhora na capacidade financeira.
TOP 5
Os cinco Estados mais competitivos do país são os mesmos de 2023: São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Brasília.
São Paulo é líder nos quesitos educação, infraestrutura, e inovação. Mas teve pioras nos pilares eficiência da máquina pública (5º para 12º), solidez fiscal (13º para 14º) e potencial de mercado (2º para 8º).
Mesmo com as enchentes, o Rio Grande do Sul só perdeu posições no pilar inovação, que passou de 2º para 5º. Nos outros todos, teve melhora. É o líder no quesito eficiência da máquina pública.
Santa Catarina e Paraná tiveram poucas mudanças. Segundo Tadeu Barros, eles se aproximaram de São Paulo e tem dialogado sobre políticas públicas adotadas na região. “É um modelo de gestão estadual de resultados práticos“, disse.
DESTAQUES: AM, PB E PI
Os 3 principais destaques fora do top 10 nacional foram os Estados do Amazonas, Paraíba e Piauí. Amazonas passou da 14ª para a 11ª posição. É o Estado mais bem posicionado de fora das regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste. O Estado teve melhoras em praticamente todos os pilares, com destaque para inovação (de 5º para 2º) e solidez fiscal (12º para 4º).
Paraíba se consolidou como o Estado mais competitivo do Nordeste em 12º lugar nacionalmente. Passou o Ceará, que agora é o 14º. O Piauí, por mais que esteja na 20ª posição, tem melhorado de maneira sustentada na atual gestão. Se destacam nos pilares educação (10º) e potencial de mercado (7º).
Segundo Tadeu Barros, os 3 Estados são simbólicos pois tem gestores de espectros políticos diferentes. Wilson Lima (União Brasil), do Amazonas, é de direita. João Azevêdo (PSB), da Paraíba, e Rafael Fonteles (PT), do Piauí, são de esquerda. “A boa gestão transcende a linha ideológica. Ela favorece a Ela favorece a prosperidade“, disse Tadeu.
RANKING
O Ranking de Competitividades dos Estados é realizado há 13 anos pelo CLP (Centro de Liderança Pública). Na edição 2024, foram analisados 99 indicadores, distribuídos em 10 pilares temáticos:
- Infraestrutura;
- Sustentabilidade Social;
- Segurança Pública; Educação;
- Solidez Fiscal; Eficiência da Máquina Pública;
- Capital Humano; Sustentabilidade Ambiental;
- Potencial de Mercado;
- Inovação.
Do Poder 360.