Mandantes do assassinato de Marielle tem histórico de muita proximidade e gestos com Clã Bolsonaro
A Polícia Federal prendeu três indivíduos suspeitos de serem os mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, evidenciando laços estreitos com a família Bolsonaro. Domingos Brazão, membro do TCE-RJ, seu irmão e deputado federal Chiquinho Brazão, além do ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, foram detidos sob a acusação de serem os “autores intelectuais” do crime.
Estas prisões desencadeiam uma série de conexões políticas e familiares, particularmente entre os Brazão e os Bolsonaro, com históricos de interações na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e supostos envolvimentos com milícias na zona Oeste do Rio. A investigação, beneficiada pela delação de Ronnie Lessa, também suspeito no caso Marielle, aponta para uma trama envolvendo expansão territorial de milícias.
Flávio Bolsonaro e Domingos Brazão compartilharam caminhos políticos na Alerj, apresentando propostas alinhadas e mostrando resistência à CPI das Milícias. As relações se estendem ao nível de operações milicianas, com Ronnie Lessa vinculado a figuras proeminentes do crime e próximo ao clã Bolsonaro.
Além disso, as atividades de Chiquinho Brazão e seu apoio explícito a Bolsonaro nas eleições reforçam a interligação política e as influências recíprocas, delineando um cenário complexo de alianças e supostas cumplicidades que permeiam o caso do assassinato de Marielle Franco.