Prefeitura do Recife moderniza PROUNI e PROTEC e garante residência prática para estudantes
Prefeitura enviou, nesta sexta-feira (14), Projeto de Lei à Câmara de Vereadores para reorganizar os programas, que agora integram formação técnica e superior, residência pedagógica obrigatória e ações robustas de permanência estudantil

A Prefeitura do Recife apresentou a maior reformulação já feita na política municipal de bolsas de estudo: o Projeto de Lei que reorganiza os programas PROUNI Recife e PROTEC, estabelecendo um novo modelo que une formação técnica e superior, residência pedagógica obrigatória desde o primeiro semestre, carga horária complementar para desenvolvimento de habilidades socioemocionais voltadas ao mundo do trabalho e ampliação do apoio à permanência dos estudantes. Criados pela gestão municipal, os programas já beneficiaram cerca de 3 mil jovens e receberam mais de 44 mil inscrições. O Projeto de Lei foi enviado para a Câmara dos Vereadores nesta sexta-feira (14).
“Assim como o Embarque Digital, que fazemos uma parceria com o Porto Digital para garantir que empresas participem e aumentem a empregabilidade dos estudantes, vamos lançar um novo PROTEC e PROUNI com parcerias na área da saúde, através do SINDHOSPE, da construção civil, pelo SINDUSCON, assim como cursos na educação que serão liderados pela secretaria municipal responsável. Será um novo modelo de formação de Ensino Superior e Técnico voltada ao cuidado com os recifenses e à geração de oportunidade, garantindo que os estudantes tenham empregabilidade e renda”, afirmou o prefeito João Campos.
A residência pedagógica, principal inovação, passa a ser obrigatória para todos os bolsistas. Ela será realizada em unidades de saúde, escolas, empresas, órgãos públicos e instituições parceiras da Prefeitura, garantindo formação prática real, mentoria, acompanhamento permanente e maior inserção no mercado de trabalho. O Recife se torna uma das primeiras cidades do País a estruturar, dentro de um programa municipal, uma política de bolsas com residência integrada desde o início do curso.
A secretária de Trabalho e Qualificação Profissional, Isabella de Roldão, destacou que a atualização dos programas acompanha as novas exigências do mundo do trabalho. “Temos atuado fortemente nas soft skills, superando a marca de 1,5 mil certificados emitidos nas nossas Escolas Profissionalizantes. Recife também tem uma Escola de Empreendedorismo, o que é pioneiro. É fundamental unir essas competências à formação técnica e superior, transitando por sustentabilidade, inovação e tecnologia”, afirmou.
A secretária de Educação do Recife, Cecília Cruz, reforçou que a reformulação se inspira no sucesso do Embarque Digital. “Estamos muito animados em potencializar o PROUNI e o PROTEC. Olhamos diretamente para aquilo que já fazemos bem. A partir da residência pedagógica em tecnologia, infraestrutura, saúde e educação, garantimos que os estudantes tenham acesso a uma formação de qualidade e às competências que o mercado exige”, explicou.
O setor produtivo também destacou a importância do novo modelo. “O investimento na formação e capacitação desses jovens é uma grande iniciativa, e o Sindicato está aqui para apoiar essa reformulação, com mais eficácia para a qualificação da juventude recifense”, afirmou George Trigueiro, presidente do SINDHOSPE. Já Antônio Cláudio Sá, do SINDUSCON, avaliou que “a preparação dos jovens dentro do setor produtivo é fundamental para colocá-los no mercado de trabalho, ampliando suas experiências e oportunidades”.
Os programas passam a organizar sua oferta em quatro eixos estratégicos: Saúde Integral e Inovação em Cuidados; Infraestrutura, Sustentabilidade e Resiliência Urbana; Educação e Formação Docente; e Tecnologia e Inovação. A modernização também fortalece a política afirmativa: 50% das bolsas serão destinadas a pessoas pretas, pardas, indígenas e pessoas com deficiência, além de reserva para jovens de baixa renda, egressos da rede pública e mulheres em situação de vulnerabilidade.
A execução dos programas contará com Organizações da Sociedade Civil responsáveis por ofertar a residência, mentoria, desenvolvimento socioemocional e acompanhamento acadêmico, conforme diretrizes estabelecidas pela gestão municipal.
A reformulação decorre de amplo diagnóstico socioeconômico e pedagógico conduzido pela gestão municipal, identificando desafios históricos de permanência e conclusão, especialmente no ensino técnico. Com o novo modelo, o Recife reafirma seu compromisso como Cidade Educadora e Criativa e se posiciona entre as capitais que mais investem em formação de juventudes para o futuro do trabalho.
Fotos: Edson Holanda/Prefeitura do Recife




