TCE barra compra do “Juntos Pela Educação” de Raquel

Fonte: Blog do Magno
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) expediu mais uma cautelar suspendendo uma licitação milionária da educação estadual na gestão Raquel Lyra (PSD).
Desta vez, a suposta irregularidade foi em pregão para “o fornecimento eventual de mobiliários diversos, visando atender às necessidades da Secretaria de Educação de Pernambuco, para educação infantil nas unidades de ensino abrangidas pelo Programa Juntos Pela Educação”.
Uma empresa apresentou denúncia contra a licitação, apontando cinco supostas irregularidades. É mais uma licitação da Secretaria Estadual de Educação, comandada por Gilson Monteiro, que acarreta grandes problemas para a governadora.
O valor estimado da compra, no edital, estava previsto em R$ 15.335.213,89 (quinze milhões, trezentos e trinta e cinco mil, duzentos e treze reais e oitenta e nove centavos).
“Tenho que os elementos apontados na representação são suficientes para a concessão da medida cautelar, pois do número de impropriedades exsurge o fumus boni iuris, estando presente também o periculum in mora por conta da proximidade da abertura das propostas. Considerando ainda o objeto do edital — registro de preços para fornecimento eventual — não vislumbro o periculum in mora reverso”, decidiu o relator, conselheiro Rodrigo Novaes.
Esta semana, o TCE também manteve a suspensão dos pagamentos do contrato de publicidade do Governo do Estado, com gastos de até R$ 120 milhões por ano.
A decisão colegiada autorizou “o pagamento dos serviços efetivamente prestados até a data da decisão monocrática cautelar, emitida em 19/06/2025” e liberou “a realização de campanhas de publicidade institucional referentes às ações emergenciais, até o julgamento de mérito do processo de auditoria especial”.
Com isso, a maior parte da publicidade do governo não poderá ser executada. O Executivo ainda deve recorrer no próprio TCE, mas, segundo fontes da gestão, dificilmente os recursos serão liberados no curto prazo.
Além desta licitação do Juntos Pela Educação, o secretário Gilson Monteiro ainda não conseguiu resolver várias pendências em outros processos da pasta.
Estão sem definição o programa Ganhe o Mundo — que prometeu, mas não cumpriu, o envio de 700 estudantes ao Canadá e aos Estados Unidos — e a merenda escolar do Estado, que apresenta problemas desde o início da gestão.
Outra falha atribuída a Monteiro, nos bastidores, foi não prorrogar o concurso de professores de 2022, deixando 1.700 aprovados no cadastro de reserva sem direito à nomeação.