Fonte: Blog do Magno
O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) divulgou uma nota em que repudia a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o presidente da entidade, Áureo Cisneiros. Segundo o texto, a medida seria uma retaliação às denúncias feitas por ele sobre a precariedade nas delegacias do estado e à condução da segurança pública. O sindicato acusa a governadora Raquel Lyra de autoritarismo, falta de diálogo e tentativa de intimidação, especialmente após o avanço da campanha salarial e da minuta da Lei Orgânica da categoria.

Confira o comunicado na íntegra:
O SINPOL repudia com veemência o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado contra o presidente do sindicato, Áureo Cisneiros, por liderar a luta vitoriosa dos policiais civis pela Paridade e Integralidade e por denunciar as delegacias improvisadas, sem estrutura alguma de funcionamento, nos diversos municípios do Estado.
O Presidente do SINPOL tem o direito, legitimidade e obrigação de criticar os erros, salários baixos e as péssimas condições de trabalho dos Policiais Civis. As críticas foram e continuarão sendo feitas no exercício de sua atividade sindical.
Este PAD é uma afronta à liberdade de expressão e uma tentativa de intimidar quem luta pela valorização dos Policiais Civis de Pernambuco e surge justamente após os anúncios da construção da minuta da Lei Orgânica e campanha salarial da categoria.
A governadora Raquel Lyra demonstra, mais uma vez, seu autoritarismo e sua incapacidade de diálogo, perseguindo quem denuncia a falta de estrutura na Policia Civil, a falta de transparência e a maquiagem na divulgação dos dados criminais utilizados distorcidamente como propaganda eleitoral, em detrimento da vida da população e do trabalho das forças policiais.
Há uma insistência em governar sem ouvir a população e suas instituições representativas. Há uma lamentável persistência na manutenção piorada da política do governo anterior, inclusive nomeando para comandar a Secretaria de Defesa Social a mesma pessoa que, na gestão anterior, foi demitido justamente após as denúncias do SINPOL pela sua inoperância e falta de compromisso com a segurança pública.
A perseguição a lideranças sindicais não silenciará a luta dos policiais civis por valorização e melhores condições de trabalho. Pelo contrário, enquanto providências não forem tomadas, o SINPOL continuará mostrando a dura realidade nas delegacias e demais unidades policiais do estado e não irá recuar na construção coletiva da minuta da Lei Orgânica e campanha salarial.
O PAD ilegal comprova que este governo não suporta a crítica e tenta impor o medo, ao invés de enfrentar os problemas reais que colocam Pernambuco entre os estados mais violentos do Brasil.
O SINPOL seguirá firme na defesa intransigente da categoria, não abandonará a luta por uma melhor segurança pública para o povo pernambucano e não aceitará intimidações de quem tem medo da verdade.
SINPOL-PE – Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco